segunda-feira, 5 de abril de 2010

A ELITE ATACA MAIS UMA VEZ...

A elite brasileira não desiste de dar um golpe na vontade popular e insiste em destruir o governo Lula. Todos os dias somos bombardeados com notícias caluniosas ou distorcidos, que transformam falsos boatos em verdades absolutas e entortam a verdade dos fatos para atingir um único objetivo: desqulificar as importantes ações do governo Lula, impedir a continuidade desse projeto com a eleição de Dilma e eleger o 'vampiro' Jose Serra presidente da República, trazendo de volta o projeto neoliberal tucano, já rejeitado pela população brasileira por duas vezes.



O alvo da vez escolhido pela artilharia tucano-burguesa foi a Universidade Pública Federal. E o veículo da difamação não poderia ser outro senão a revista Veja, publicação de grande alcance nacional que se constitui na porta de saída dos maiores ataques à esquerda brasileira.
Em reportagem publicada pela revista na edição dessa semana (01/04), as Universidades públicas são mostradas como ineficientes, esvaziadas e 'desnecessárias'. Tudo para conduzir o desavisado leitor a concordar com a premissa básica do PIG: "prá que universidade pública gratuita? Vamos privatiza-las todas!!"


Desconsiderado a importância estratégica dos investimentos feitos pelo governo federal no ensino superior, que inaugurou 13 universidades federais em oito anos, a revista ainda ataca a implantação dos cursos de Licenciatura (por que será que eles não querem formar professores, hem???), responsabilizando a escolha desses cursos pelo baixo número de matrículas:

"...O tipo de curso oferecido por essas instituições é outro fator que contribui para o desperdício dos impostos e a imensa ociosidade..."

A matéria, assinada pela jornalista Roberta de Abreu Lima, explicita qual o modelo de universidade que a parcela endinheirada do país deseja:
"trazer ao debate outra mudança no ensino superior brasileiro, esta radical: ...cobrar mensalidade em universidades públicas daqueles que podem pagar”,
e deixa claro que a divergência não é de método ou modelo, mas de concepção: o PIG não aceita a ampliação do ensino superior porque quer que a universidade continue sendo um reduto da elite brasileira; por isso é contra as cotas; por isso é contra as licenciaturas; por isso reage de forma tão violenta e desqualificante - ELES NÃO QUEREM QUE O BRASIL SEJA O PAÍS DE TODOS E TODAS!

Outra pérola da matéria foi dedicada ao município de Cruz das Almas, descrita na pseudoreportagem como
"cidade da Bahia, nacionalmente famosa por sua temerária "guerra das espadas", travada durante os festejos de São João, não tem densidade educacional para abastecer de alunos uma universidade. "
Para eles, "a demanda real, na maioria dos casos, foi solenemente ignorada".

Segundo a jornalista de Veja, a cidade de Cruz das Almas, por ter apenas 800 alunos no Ensino Médio, não tem condições de comportar uma Universidade. Só que os dados reais dão conta de mais de 3 mil matrículas no Ensino Médio (EM), apenas na rede pública estadual de Cruz das Almas; quem somar esses números às matriculas da rede municipal (uma escola com EM) e particular (06 escolas com EM) verá tal quantitativo dobrar ou triplicar!!!

Mas o pior estava por vir... A jornalista completa sua avalanche de temeridades descrevendo Cruz das Almas como uma cidade situada no sertão baiano, mostrando total desconhecimento quer da geografia, quer da história do Recôncavo Baiano e de sua contribuição para a ocupação do território brasileiro!

Preconceito, inverdade, manipulação de fatos e dados. O que leva alguém que passou, no mínimo, quatro anos nos bancos de uma Universidade, a comprometer sua credibilidade assinando uma matéria como essas? Medo do desemprego, pressão dos patrões ou compromisso mesmo com as posições da elite?

Ora, atacar as universidades públicas federais é o meio - e não o fim - dos interesses do PIG. O que eles querem de verdade é atingir o governo, o presidente Lula e impedir a eleição de Dilma Rousseff.

ESCLARECIMENTO: O QUE É O PIG?

O Partido da Imprensa Golpista, também conhecido como PIG ou PiG, é um termo usado para se referir a jornalistas adeptos da direita política, que se utilizam da grande mídia como meio de propagar suas idéias e tentar desestabilizar governos de orientação política diversa.

A expressão surgiu entre internautas brasileiros em 2007, mas foi popularizada pelo jornalista Paulo Henrique Amorim em seu blog Conversa Afiada. Amorim, quando utiliza o termo, escreve com um i minúsculo, em alusão ao portal iG, donde foi demitido em 18de março de 2008, no que descreve como um processo de "limpeza ideológica". De acordo com ele, até políticos teriam passado a fazer parte do PIG: “O partido (PiG) deixou de ser um instrumento de golpe para se tornar o próprio golpe. Com o discurso de jornalismo objetivo, fazem o trabalho não de imprensa que omite; mas que mente, deforma e frauda.”

Se até bem pouco tempo as três famílias que dominam a imprensa brasileira (Marinho,das Organizações Globo; Frias, do Grupo Folha e Mesquita , do Grupo Estado), negavam que faziam oposição ao governo Lula e afirmavam que a imprensa não perseguiria mais o governo Lula que outros governos, mas apenas denunciaria irregularidades nas administrações públicas, as recentes declarações da presidente da Associação Nacional de Jornais, e executiva da Folha de São Paulo, Maria Judith Brito, publicadas em entrevista no jornal O Globo, fez cair-lhes a máscara. Na entrevista, a jornalista admite que a imprensa está sim cumprindo papel de oposição ao governo federal, "já que a oposição está profundamente fragilizada".
A polêmica declaração da executiva da Folha se deu no dia 18 de março último, durante reunião na sede da Fecomércio, no Rio, para discutir o Plano Nacional de Direitos Humanos - que tem sido duramente criticado pela mídia - contou com o testemunho de jornalistas e dirigentes das entidades de imprensa, ABERT (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV) e ANER (Associação Nacional dos Editores de Revistas), e serviu para deixar o jogo mais claro e as cartas postas na mesa. Agora não é mais possível à grande mídia vestir o papel de que faz 'controle social' e usar a assertiva da isenção politica e da neutralidade ideológica. Ela tem lado, e esse, definitivamente, não é o lado do povo brasileiro.

Um comentário:

graça sena disse...

Já vi esse filme, os neo-colonizadores não aceitam qualquer possibilidade que o povo se emancipe, seja no campo econômico seja no campo das idéias. Mas não se volta atrás um pensamento e o povo já escolheu o seu.