terça-feira, 28 de julho de 2009

A borboleta é um primeiro travesti da natureza, como a literatura o é da linguagem*

Foto: Wesley (http://br.olhares.com/lagarta_do__milho_foto2143341.htm)

Ser mulher moderna é uma labuta só!
Explico-me: depois de uma segunda-feira interinha de trabalho chego em casa às 11 da noite e lá vem minha filha a me lembrar 'mãe, vamos ver como está minha lagarta?'.

Era o trabalho de Ciências, tarefa da professora Rosilda, do 7º ano do Colégio Montessori. Lá fomos nós, de lupa em punho procurar patas e dentes na lagartinha que tia Cleia encontrou numa espiga de milho - me sendo de grande ajuda pois já andava desesperada - 'onde, por deus, haveria eu de encontrar uma lagarta para Alice?'.

A observação, longe de nos apontar respostas só aumentou nossas dúvidas. Fora dificil até saber de que lado ficava-lhe a boca, tanto mais quantos dentes teria aquela coisa verde como palha nova de milho abrigada no pote de vidro que originalmente guardava palmito. A solução foi recorrer ao anjo da guarda da mãe atarefada que acompanha com disposição a filha nas tarafas escolares: a internet!

E foi entre fotos e vídeos de ovos, lagartas, pupas e crisálidas que encontrei a frase da minha noite - 'a borboleta inventa ela mesma!'. De ovo a lagarta, de lagarta a pupa e a crisálida, dai a borboleta e de novo ovo e depois tudo e tudo e tudo a se reinventar...

E não é que posso eu, de verdade, tornar a me reiventar também?

A propósito, a frase acima, assim como a que entitula o post é de autoria de Renata Pimentel, e está publicada na Revista Paradoxo. É só seguir o link abaixo.Lá ela ensina, entre outras coisas, que borboletas são ro-pa-ló-ce-ros... (e eu também...

http://www.revistaparadoxo.com/materia.php?ido=2335

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